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A maior biodiversidade do mundo também é a maior diversidade sonora do Mundo. Na Amazônia, ecoam muitas vozes, cantos, ruídos, música e sons em suas mais variadas frequências. Sons produzidos pela rica diversidade de povos e culturas, ou pela diversidade biológica em suas dinâmicas ecossistêmicas, além de ruídos produzidos por fenômenos ambientais e antropogênicos.

Existe um potencial acústico no enfrentamento das questões socioambientais da Amazônia. A composição sonora e o desenvolvimento do pensamento musical podem ser uma poderosa arma imaterial para desestruturar as ordens pré-existentes, ampliando as possibilidades do silenciado, do inaudível e, até mesmo, tornando percetível o invisível.

Embora a indústria da música apresente uma das maiores pegadas ambientais dentro da economia criativa, a própria música se afirma como uma poderosa aliada na luta contra as mudanças climáticas, graças à sua capacidade de despertar emoção, empatia e bem-estar. Além disso, a escuta consciente ativa a memória, amplia nossas capacidades cognitivas e mobiliza indivíduos e coletivos para a ação.

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SE O SOM TAMBÉM É UM ATIVO PARA A PRESERVAR A SOCIOBIODIVERDSIDADE DA AMAZÔNIA, DE QUE MANEIRA OS ARTISTAS PODEM LIDERAR A LUTA CONTRA A MUDANÇA CLIMÁTICA?  
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Na floresta, o silêncio não existe. A paisagem sonora tropical é densa, intensa e vibrante, mas surpreendentemente organizada. O espaço acústico é dividido em faixas de frequência específicas, conhecidas como nichos acústicos, onde cada espécie encontra o tom adequado para se comunicar com seus pares. Assim, os sons raramente se sobrepõem ou se confundem, criando uma rede de vocalizações que se encaixam com precisão. O resultado é uma sinfonia natural, em que a diversidade da vida se expressa como uma orquestra invisível.

 

Ao mesmo tempo, a dimensão oral da cultura dos povos da Floresta coloca o som no centro da transmissão de saberes, da construção da memória e da afirmação da identidade cultural na Amazônia. Para além da extraordinária diversidade linguística, muitas etnias da floresta utilizam também formas de “linguagens sônicas”, comunicando-se por meio de assobios ou pela reprodução de frases com instrumentos musicais, como flautas e tambores. Essas práticas sonoras ampliam as possibilidades de expressão e reforçam a profunda relação entre som, cultura e natureza.

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Labsonora é um programa de residência colaborativo e imersivo, que acontecerá em abril de 2026, para a composição musical e produção sonora a partir da escuta sensível dos ambientes e da pesquisa no campo da cultura oral, música ancestral, bioacústica e field recording. Um grupo de músicos, curadores, ecólogos, antropólogos, ativistas e entidades não humanas que serão estimulados a comporem juntos, construindo uma nova paisagem sonora para a Amazônia. 

 

O principal objetivo do programa da residência é investigar o papel do som e da música na promoção da justiça ambiental, articulando dimensões como sustentabilidade, sociobiodiversidade, inovação e clima. Por meio de uma abordagem transdisciplinar reúne uma comunidade internacional para convocar o corpo, tecer intersecções e cultivar o cuidado com a vida por meio do som e da escuta.

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LABSONORA é desenvolvido em colaboração entre o LABVERDE e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e conta com o apoio de uma rede de instituições parceiras, artistas e bolsas internacionais.

Realização:

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Colaboração:

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Apoio:

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PRESENTATION
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